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7 de setembro de 2012

Materiais lúdicos: onde estão vocês?!

Desde que me embrenhei pelos caminhos tortuosos da História e da Psicopedagogia me dei conta de que não existe material lúdico o suficiente pra minha área.

O que significa que crianças que ainda se encontram no estado cognitivo operatório concreto (PIAGET) poderão ter dificuldades em entender teorias e conceitos abstratos. O problema é que, dentro da História, muitos conceitos são abstratos, exigindo que o aluno já tenha adentrado pelo menos em parte o estado cognitivo operatório formal.

A prática docente e o desespero andam sempre juntos desde os primórdios.

É no dia de prova que o professor descobre que aquele um mês e meio de conteúdo trabalhado não surtiu efeito. Uma turma inteira de recuperação, para desespero da classe (docente).

O que fazer?

Chorar?
Gritar enlouquecidamente?
Correr pras montanhas como se não houvesse amanhã?

Não, mestres!

Usemos materiais lúdicos, concretos e pedagógicos para mexer com a cabeça da moçada enquanto eles ainda não dominam o pensamento formal.

Ou matemo-nos todos num ritual coletivo.
(No way, baby!)



Defendo jogos de tabuleiro. Só aprendi mesmo geografia com WAR, aos 17 anos.

Se essa teoria do Piaget estiver mesmo certa (e Deus queira que esteja, porque usei um tempo precioso da minha vida lendo o livro), a desacomodação dos seus estados cognitivos e a reequilibração com os novos conhecimentos há de funcionar.

Deixemos de lado a idéia de que os jogos, os materiais lúdicos e o material dourado são só pra aula de educação física em dia de chuva. Ou de que servem apenas como apoio e reforço pedagógico.

Por que não podemos fazê-los compreender o conteúdo com o material pedagógico concreto e só depois passar ao ensino formal do que já foi compreendido?

Por quê?! Por quê?!

Uso a seguinte máxima como filosofia docente:

Ou a História tem que ser útil, ou tem que ser divertida.

Se não conseguir desenvolver algo que seja significativo na vida deles, pelo menos que seja uma aula menos traumática.

Pra eles e pra mim.
Principalmente pra mim.

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