Desde que me embrenhei pelos caminhos tortuosos da História e da Psicopedagogia me dei conta de que não existe material lúdico o suficiente pra minha área.
O que significa que crianças que ainda se encontram no estado cognitivo operatório concreto (PIAGET) poderão ter dificuldades em entender teorias e conceitos abstratos. O problema é que, dentro da História, muitos conceitos são abstratos, exigindo que o aluno já tenha adentrado pelo menos em parte o estado cognitivo operatório formal.
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A prática docente e o desespero andam sempre juntos desde os primórdios. |
É no dia de prova que o professor descobre que aquele um mês e meio de conteúdo trabalhado não surtiu efeito. Uma turma inteira de recuperação, para desespero da classe (docente).
O que fazer?
Chorar?
Gritar enlouquecidamente?
Correr pras montanhas como se não houvesse amanhã?
Não, mestres!
Usemos materiais lúdicos, concretos e pedagógicos para mexer com a cabeça da moçada enquanto eles ainda não dominam o pensamento formal.
Ou matemo-nos todos num ritual coletivo.
(No way, baby!)
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Defendo jogos de tabuleiro. Só aprendi mesmo geografia com WAR, aos 17 anos. |
Se essa teoria do Piaget estiver mesmo certa (e Deus queira que esteja, porque usei um tempo precioso da minha vida lendo o livro), a desacomodação dos seus estados cognitivos e a reequilibração com os novos conhecimentos há de funcionar.
Deixemos de lado a idéia de que os jogos, os materiais lúdicos e o material dourado são só pra aula de educação física em dia de chuva. Ou de que servem apenas como apoio e reforço pedagógico.
Por que não podemos fazê-los compreender o conteúdo com o material pedagógico concreto e só depois passar ao ensino formal do que já foi compreendido?
Por quê?! Por quê?!
Uso a seguinte máxima como filosofia docente:
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Ou a História tem que ser útil, ou tem que ser divertida. |
Se não conseguir desenvolver algo que seja significativo na vida deles, pelo menos que seja uma aula menos traumática.
Pra eles e pra mim.
Principalmente pra mim.