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8 de setembro de 2012

Sonhando e Adoecendo com o Trabalho

É absolutamente comum, na caminhada docente, sonhar com trabalho e adoecer por ele.

Sonha-se com os planos de aula, com os alunos, com os materiais didáticos.

Sonha-se até com o chefe dizendo que vão abrir turmas novas.

Sonhando com o planejamento das aulas: até o inconsciente trabalha em prol da educação.


Professor é um absolutamente um ser incorrigível.
Não basta sonhar quando está de férias, precisa adoecer apenas nos feriados.

E adoece mesmo!
 
Tudo pra não perder dia nenhum de aula.
(A gente nunca sabe quem vai substituir, né?)

Educação: tu hás de nos pagar caro!

7 de setembro de 2012

Sobrecarga Escolar

E levantem a mão porque eu ainda não decorei os nomes!

Postado por uma professora que primeiro dá toda a aula e, se sobrar tempo, faz a chamada.

(Que a direção não nos ouça, mas nunca sobra tempo pra bendita chamada!)

Greve das Universidades Federais

Prevejo professores em pânico

Professores: uni-vos na jogatina!

Empreendendo todo o tempo livre do meu feriado de 7 de setembro em prol da busca de material lúdico, eis que encontro o preciosíssimo blog abaixo listado, com exatamente o que eu precisava:

....um jogo pedagógico pra trabalhar a pré-história e os hominídeos!

Talvez o sexto ano e eu possamos ser felizes juntos, afinal.

"A gente vai viver!" A PREGUIÇA, Sid. Era do Gelo.


Compartilho com prazer o endereço do blog do colega historiador, com o post do dia 11/mar/2012 contendo o jogo pedagógico em pdf para download e impressão:


Usem com sabedoria!

O conceito de WARM UP

Poder entender a dinâmica de aula de um curso de inglês me fez ver a preciosidade que é o WARM UP¹ na vida do professor. Um WARM UP bem pensado salva a aula.


Warm up: a diferença discente entre contar os minutos pro início das suas aulas e contar os minutos pro início do recreio.

Os warm ups das aulas de inglês são fartos.
Os warm ups pras aulas de História exigem um pouco mais de comprometimento, experiência nas redes sociais e noites em claro.

Dia desses dei uma aula de História em que o WARM UP consistia na seguinte frase:

"Por que a geladeira levou à descoberta da América?"

Ninguém ousou respirar até que eu terminasse de explicar.
Estavam pasmos. Estavam concentrados. Estavam interessados.
Os alunos piram num eletrodoméstico que contribui pra História.

Não sei como o Jornal Nacional não me descobre.

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¹ WARM UP - "Aquecimento". Conceito adaptado pra vida docente que indica uma atividade antes de começar a aula propriamente dita com o intuito de interessar ou descontrair os alunos. Usem-no com sabedoria.

Materiais lúdicos: onde estão vocês?!

Desde que me embrenhei pelos caminhos tortuosos da História e da Psicopedagogia me dei conta de que não existe material lúdico o suficiente pra minha área.

O que significa que crianças que ainda se encontram no estado cognitivo operatório concreto (PIAGET) poderão ter dificuldades em entender teorias e conceitos abstratos. O problema é que, dentro da História, muitos conceitos são abstratos, exigindo que o aluno já tenha adentrado pelo menos em parte o estado cognitivo operatório formal.

A prática docente e o desespero andam sempre juntos desde os primórdios.

É no dia de prova que o professor descobre que aquele um mês e meio de conteúdo trabalhado não surtiu efeito. Uma turma inteira de recuperação, para desespero da classe (docente).

O que fazer?

Chorar?
Gritar enlouquecidamente?
Correr pras montanhas como se não houvesse amanhã?

Não, mestres!

Usemos materiais lúdicos, concretos e pedagógicos para mexer com a cabeça da moçada enquanto eles ainda não dominam o pensamento formal.

Ou matemo-nos todos num ritual coletivo.
(No way, baby!)



Defendo jogos de tabuleiro. Só aprendi mesmo geografia com WAR, aos 17 anos.

Se essa teoria do Piaget estiver mesmo certa (e Deus queira que esteja, porque usei um tempo precioso da minha vida lendo o livro), a desacomodação dos seus estados cognitivos e a reequilibração com os novos conhecimentos há de funcionar.

Deixemos de lado a idéia de que os jogos, os materiais lúdicos e o material dourado são só pra aula de educação física em dia de chuva. Ou de que servem apenas como apoio e reforço pedagógico.

Por que não podemos fazê-los compreender o conteúdo com o material pedagógico concreto e só depois passar ao ensino formal do que já foi compreendido?

Por quê?! Por quê?!

Uso a seguinte máxima como filosofia docente:

Ou a História tem que ser útil, ou tem que ser divertida.

Se não conseguir desenvolver algo que seja significativo na vida deles, pelo menos que seja uma aula menos traumática.

Pra eles e pra mim.
Principalmente pra mim.

Fim de Semana Selvagem

Fim de semana de professor.
Expectativa:

Bebidas, amigos, festa e vid4 lok4
Realidade:

Pijama, facebook e um emocionante planejamento de aulas da semana.

Amamos muito tudo isso!
Ok, às vezes não.

Welcome back, teacher!

Depois de quase um ano afastada da prática docente, eis que estou de volta! E acima de tudo, estou de volta pra ensinar as duas grandes paixões da minha vida: História e Inglês.

Confesso que fiquei tremendamente apavorada: meu público alvo são adolescentes e eu corria um risco muito grande de sofrer bullying. Afinal, até o menor deles é incrivelmente maior do que eu.

Bullying: nem os professores estão livres.

Para evitar o bullying, a falta de aceitação e o descrédito na minha capacidade docente em função da minha juventude, decidi adotar um estilo mais ortodoxo de ensino, comportamento e vestimenta.

Representação imagética de uma suposta profissional de sucesso na área docente: conjuntinhos sociais e scarpin preto.

Todo o meu empenho durou um dia e meio.

Agora uso all star, pintei os cabelos de ruivo e ando sempre com o notebook debaixo do braço.

O meu bordão é sempre "Bom dia, criaturinhas!" e não decorei o nome de nenhum dos alunos.

Representação imagética quase fiel do meu "eu" atual planejando aulas num dia típico.

Graças a Deus pelo meu cargo público com estabilidade.
Nenhuma outra escola me contrataria.